Projetos

Os Projetos de Pesquisa que reúnem os pesquisadores da RELAHM em grupos, igualmente conectados, são construídos a partir da percepção de que dois processos predominantes entrelaçaram as mídias na América Latina. Assim, ainda que os projetos aqui reunidos entrelacem, inicialmente, as temáticas a partir das materialidades midiáticas – imprensa, cinema, rádio e televisão, até porque são os campos onde os pesquisadores que compõem a rede se movem – a dimensão da conexão ultrapassa a ideia de predominância de um meio. Em busca de conexões despercebidas e de trânsitos aparentemente invisíveis, o que se pretende é a partir da ideia de permeabilidades e hibridizações, procurar por conexões, interações, bifurcações, fronteiras e trânsitos em diferentes escalas. Na percepção de uma história conectada está, sobretudo, a diferenciação em como considerar o homem que se move fazendo essa história: nela ele se torna ator e não apenas agente e, assim, torna-se o principal personagem dos mundos a serem observados e interpretados.
É destes diálogos que estabelecem conexões numa dupla dimensão – o do olhar sobre os objetos em busca dos trânsitos e diálogos que constroem conexões e o dos próprios pesquisadores situados em diálogos reflexivos permanentes – que surgem pesquisas em torno de três eixos iniciais dominantes mais perceptíveis nos projetos: circularidades e circuitos comunicacionais; modernidades periféricas e zonas fronteiriças; multidimensionalidade das relações de poder.
Do ponto de vista da escolha dos meios, os projetos se dividem privilegiando a imprensa, cinema, o rádio e a televisão e o período escolhido para a análise situa-se no século XX, indo desde a primeira década até os anos 1980. As razões da demarcação deste período devem-se a presunção de que os trânsitos midiáticos no século XX podem vir a oferecer cenários desconhecidos e importantes do ponto de vista da América Latina, num momento em que várias modernidades circundavam seus territórios. Tudo isso permeado pela implantação e proeminência de diversos meios nesses seus espaços, definindo uma urbanidade específica: a imprensa, o cinema, o rádio e a televisão.
Se o ponto de vista da definição dos meios a serem analisados – o primeiro eixo da escolha – coloca em proeminência a aproximação pelas configurações midiáticas; num segundo eixo de abordagem destaca-se os modos de interação entre o local e o regional e o supra regional (a América Latina). Para isso, busca-se por conexões despercebidas. Trata-se, portanto, de adotar outra perspectiva em que a procura por conexões, interações, bifurcações, em diferentes escalas, se produza.
Os subprojetos também pressupõem conhecimento ampliado das diversas regiões, para que possam emergir as conexões. É a partir da construção colaborativa de linhas do tempo – que funcionam como primeiro operador metodológico – que torna possível a identificação de conexões, perguntas e pistas iniciais a serem compartilhadas nos âmbitos nacional e regional dos países da América Latina.
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Cada subprojeto reúne pesquisadores de no mínimo dois países da América Latina.
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Previsão inicial dos subprojetos (em processo de definição e construção) - (escolha pelo eixo 1– Os meios)
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Imprensa:
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Célia del Palacio (México),
Karina Quiroz (Bolívia),
Janvier VargasAcosta (Colômbia),
Marelbi Olmos Pérez (Colômbia),
Maria Isabel Zapata (Colombia),
Eduardo Santa Cruz (Chile),
Marialva Barbosa (Brasil),
Antonio Hohfeldt (Brasil),
Ana Regina Rego (Brasil),
Rosana Borges (Brasil),
Phillippe Sendas (Brasil).
Televisão:
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Mirta Varela (Argentina),
Francisco Hernandez (México),
Florencia Soria (Uruguai),
Maria Isabel Zapata (Colômbia),
José Arizmendi (Colômbia),
Julio Eduardo Benavides Campos (Colômbia),
Ana Paula Goulart Ribeiro (Brasil),
Alice Melo (Brasil),
Juliana Tillmann (Brasil).
Cinema:
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Leidy Paola Bolaños (Colômbia),
Wolfgang Fuhrmann (Colômbia),
Eduardo Morettin (Brasil).
Rádio/Sonoridades:
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Eduardo Gutierrez (Colômbia),
Gisela Cramer (Colômbia),
Monica Maronna (Uruguai),
Valci Zucoloto (Brasil).