Brasil - Rio de Janeiro | Universidade Federal do Rio de Janeiro
Alice Melo
Aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da UFRJ, e editora de conteúdo da área da TV Globo, Memória Globo. Foi repórter e editora do site da Revista de História da Biblioteca Nacional; e é membro da rede internacional Memory Studies Association desde 2017, onde participa do Mentorship Program – programa que oferece assistência a estudiosos júniores com interesse no campo.
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Projeto de pesquisa
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Jornalismo, televisão e memória: uma arqueologia da tragédia ambiental no Brasil
​Resumo: Esta pesquisa investiga a construção de uma narrativa trágica televisiva de crimes socioambientais, a partir da análise da cobertura da chamada “Tragédia de Mariana” (2015). Por meio de uma investigação arqueológica no campo da comunicação, que tem como base pesquisa histórica que considera a entrevista de história oral como documento valioso, a tese desconstrói as camadas do acontecimento e tenta compreender como certas estruturas sociais, políticas e culturais consolidam narrativas memoráveis de um evento – fazendo uso de uma semântica que extrapola as palavras, é também audiovisual. É necessário, portanto, pensar a historicidade do processo comunicacional e problematizar quais categorias de temporalidade estão sob tensão na cobertura da catástrofe e que ideia de tragédia é construída pela cultura da mídia nesse contexto. Em uma escrita estruturada para refletir o trabalho de memória, articulamos associações com outras coberturas da TV Globo de crimes socioambientais nos últimos 50 anos, notando as permanências, rupturas, repetições, silêncios e enquadramentos impressos na cena televisiva. Além disso, a pesquisa questiona se a estética da cobertura jornalística é um fator preponderante na elaboração da ideia de tragédia; e se é possível identificar a memória trágica como um "tipo" de narrativa da memória cultural.
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Publicações
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http://portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-3248-1.pdf
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